domingo, 18 de novembro de 2018

Urso é sacrificado após matar homem em parque americano

Yellowstone
Um urso do Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, foi sacrificado ontem após ter atacado e matado o visitante Lance Crosby, de 63 anos. Ambientalistas tentaram reverter a decisão, mas não tiveram sucesso. Análises de DNA em pelo encontrado junto à vítima conformaram que o animal responsável pelo ataque foi uma fêmea, mãe de dois filhotes, que havia sido capturada próxima do corpo. Os filhotes foram transferidos para outro parque.
Esta é a íntegra de uma notícia publicada na edição de 15 de agosto de 2015 do jornal O Globo.
Publicada há três anos e três meses a notícia reproduzida acima não foi espalhada por este blog naquela época, porém jamais me saiu da cabeça a ideia de espalhá-la, pois ela chocou-me profundamente. Afinal que espécie inteligente do universo é essa capaz de cometer tamanha barbaridade. Uma barbaridade que, há cinco séculos, Leonardo da Vinci (1452 – 1519), imaginara que, algum dia, deixaria de ser praticada, como se pode deduzir a partir da seguinte afirmação a ele atribuída.
Uma barbaridade cometida por uma pretensiosa espécie que considera que todas as outras estejam neste mundo apenas para servi-la. Uma espécie que, alegando legítima defesa, mata quando alguém invade seus domínios, e sei lá com que pretexto mata quando é ela que invade o domínio de outros. Uma espécie que se revolta diante da orfandade de crianças cujos pais foram assassinados, mas cuja maioria não está nem aí quando os órfãos são filhotes de animais sacrificados por simples vinganças contra animais de espécies inferiores (?) como a relatada na notícia que provocou esta postagem. Uma espécie cujas noções de superioridade e de inferioridade parecem-me ainda bastante equivocadas. Uma espécie cujas ações, e omissões, ainda mantêm válida uma afirmação que vi escrita no topo da capa de um DVD. Um DVD que nunca assisti; uma afirmação que nunca esqueci: "Nada é mais selvagem que a civilização."


Nenhum comentário: