quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Novo recall da Honda afeta 1 milhão de carros


Companhia já soma 3,3 milhões de veículos chamados para reparos em menos de dois meses
“A terceirização de parcela da produção da Honda, em boa parte feita hoje com sócios chineses, pode não ter sido bom negócio. Só nos últimos dois meses, a montadora japonesa convocou para reparo 3,3 milhões de veículos após verificar falhas de fabricação.
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A empresa anunciou ontem o recall de 936 mil modelos City, CR-V e Fit para substituir o interruptor do vidro elétrico do lado do motorista. Embora não tenham sido registrados acidentes, a montadora decidiu trocar o equipamento após reclamações sobre aquecimento das portas.
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Brasil: 102 mil reparos em 2011
No Brasil, este já é o terceiro recall da montadora neste ano. Em julho, a Honda convocou 101,7 mil donos do New Civic para ajuste na bomba d’água do motor – uma falha poderia desligar o motor em movimento, com risco de colisão.
Em agosto, 390 proprietários do sedan Accord modelo 2005 passaram por revisão após problemas na caixa de câmbio. O Accord LX foi responsável por guiar a entrada da Honda em mercados hoje importantes, como Estados Unidos e Brasil.”
Estes são alguns trechos de uma reportagem de Nivaldo Souza, publicada da edição de 6 e 7 de setembro de 2011 do jornal Brasil Econômico.
Que coisa hein! Tanta certificação de qualidade e tanta falta de qualidade na fabricação! Em minha opinião, a obtenção de tais certificações - que garantem (?) que elas “são boas naquilo que fabricam” - custa às empresas o dinheiro que elas deixam de aplicar na própria fabricação.
Segundo a reportagem, os problemas devem-se, em boa parte, a terceirização feita pela Honda. Considerando que a justificativa para terceirizar é reduzir custos deixando sob a responsabilidade de terceiros aquilo que não for atividade fim da empresa, deixo no ar a seguinte questão. Será que a fabricação de veículos não é atividade fim de uma empresa que os fabrica?
A reportagem focaliza a Honda, mas recall é um assunto frequente no noticiário e várias empresas já protagonizaram matérias semelhantes. Aliás, é bom (ou seria ruim?) lembrar que liberar para venda produtos com defeitos de fabricação é uma prática que não se restringe aos fabricantes de veículos. Empresas de vários ramos de negócio adotam essa prática condenável.
Se cada era é caracterizada por alguma (s) coisa (s) marcante (s), em minha opinião, globalização, certificação e terceirização são características marcantes de nossa era: a era da enganação e da aceitação de ser enganado. Nossa! Quantas coisas terminadas em “ação”! E quanta falta de ação para terminar com essas coisas!

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