sábado, 3 de março de 2012

Ricos são mais propensos a trapacear, revela estudo

As pessoas de classe social alta, com mais recursos econômicos e educação, tendem a comportamentos menos éticos do que as com menos recursos, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira (27) nos Estados Unidos.
A pesquisa, realizada em sete etapas por psicólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley e da Universidade de Toronto, analisou o comportamento das pessoas por meio de uma série de experiências.
Motoristas de carros caros, por exemplo, se mostraram mais propensos a violar as leis em interseções e a interromper a travessia de pedestres do que os condutores de automóveis mais baratos.
Em um outro teste que usou um jogo de dados, quando percebiam a chance de ganhar um prêmio, as pessoas que se autodenominaram como pertencentes a classes socioeconômicas altas se mostraram mais propensas do que o resto a mentir e a dizer que tiraram números maiores do que efetivamente fizeram.
Pessoas de classes mais altas também demonstraram ser menos propensas a dizer a verdade em uma negociação hipotética de emprego, na qual atuaram como empregadores tentando contratar alguém para um trabalho que sabiam que seria encerrado em breve.
E quando receberam um recipiente com doces, que os pesquisadores informaram ser para crianças que participavam de experiências em um laboratório vizinho, os mais ricos tiraram mais balas do que os demais, quando informados que poderiam pegar algumas.
"A busca do interesse próprio é uma motivação mais fundamental na elite da sociedade e o desejo aumentado, associado a maior riqueza e status podem promover más atitudes", destacou o estudo, publicado no periódico especializado Proceedings of the National Academy of Sciences.
Uma série de fatores "pode dar origem a um conjunto de normas culturalmente partilhadas entre indivíduos da classe alta que facilita um comportamento antiético", acrescentaram os pesquisadores.
Os autores sugeriram que os mais ricos seriam mais independentes do que os outros e, portanto, menos preocupados com o julgamento dos demais acerca de suas ações do que os mais pobres.
Os mais ricos também parecem ser mais focados em suas metas, vêem a ganância de forma mais positiva e têm sentimentos mais fortes de auto-indulgência, o que "pode dar forma à desatenção com relação às consequências das nossas atitudes com relação aos demais", revelou o estudo.
Esta é a íntegra de uma notícia publicada em 27 de fevereiro de 2012 no Yahoo, na “seção” Notícias.
No meu entender, o estudo realizado por essas duas conceituadas universidades não apresenta novidade alguma em relação ao que indivíduos "antenados" (em relação ao que acontece no mundo em que vivemos) já sabiam. Afinal, em uma sociedade onde prevalece a busca da riqueza a qualquer custo, é "natural" que aqueles que possuem mais dinheiro usem-no para comprar o "direito" de fazer o que bem entenderem.
Motoristas de carros caros, por exemplo, se mostram mais propensos a violar as leis (...) do que os condutores de automóveis mais baratos. Isto constitui alguma novidade para vocês? Vocês nunca ouviram falar de motoristas que após ter atropelado e matado pessoas, pelo simples pagamento de um significativo valor de fiança e / ou pelo suborno de alguma "autoridade", tenham se livrado dos "rigores" da lei?
A busca do interesse próprio é uma motivação mais fundamental na elite da sociedade e o desejo aumentado, associado à maior riqueza e status podem promover más atitudes, destacou o estudo, publicado no periódico especializado Proceedings of the National Academy of Sciences. O que é elite da sociedade? Aliás, o que é elite? Segundo uma coisa chamada dicionário, elite possui dois significados, no meu entender, conflitantes:
1. O que há de melhor em uma sociedade ou num grupo.
2. Minoria prestigiada e dominante no grupo, constituída de indivíduos mais aptos e / ou mais poderosos.
Será que é possível conciliar "o que há de melhor em uma sociedade ou num grupo" com "minoria prestigiada e dominante no grupo, constituída de indivíduos mais aptos e / ou mais poderosos"? Creio que não, pois, do ponto de vista moral e do bem comum, até hoje, a minoria dominante constitui, exatamente, o que há de pior em uma sociedade ou num grupo. Repetindo o que foi concluído pelo estudo: A busca do interesse próprio é uma motivação mais fundamental na elite da sociedade e o desejo aumentado, associado à maior riqueza e status podem promover más atitudes.
Os mais ricos também parecem ser mais focados em suas metas, vêem a ganância de forma mais positiva e têm sentimentos mais fortes de auto-indulgência, o que "pode dar forma à desatenção com relação às consequências das nossas atitudes com relação aos demais", revelou o estudo. Os autores sugeriram que os mais ricos seriam mais independentes do que os outros e, portanto, menos preocupados com o julgamento dos demais acerca de suas ações do que os mais pobres.
Ou seja, enquanto classe social alta for considerada aquela composta pelas pessoas com mais recursos econômicos e educação (ou seria instrução?), não se deve esperar de tal classe qualquer exemplo que preste. E nem uma melhora significativa nesta sociedade onde o sonho da maioria é ascender a essa classe. Ou seria descender? Segundo o meu entendimento das conclusões do estudo realizado pelas duas conceituadas universidades e também segundo a minha opinião, tal sonho está mais para descender do que para ascender. O que vocês acham?

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