Quanto você muda entre o ensino médio e a aposentadoria?Os resultados de um novo estudo – o primeiro a investigar como a personalidade pode mudar ao longo de 50 anos com base na mesma fonte de dados nos dois pontos do tempo – indica que os padrões mais amplos de pensamentos, sentimentos e comportamentos, ou seja, a personalidade de um modo geral, de fato mudam, e essas mudanças se acumulam com o tempo. Mas não se compare aos outros. Ainda de acordo com o estudo, aqueles que eram mais estáveis emocionalmente na juventude provavelmente continuam a ser mais estáveis à medida que envelhecem.- Os rankings (de traços de personalidade) se mantêm bem consistentes – explica Rodica Damian, professora assistente de psicologia da Universidade de Houston, nos EUA, e primeira autora do estudo, publicado ontem no periódico "Journal of Personality and Social Psychology". – Mas em média as pessoas ficam mais conscienciosas, emocionalmente estáveis e agradáveis.Ainda assim, diz Damian, a pesquisa encontrou diferenças individuais nas mudanças ao longo do tempo, com algumas pessoas alterando suas personalidades mais que outras, e algumas mudanças se mostrando para pior ou danosas.Os cientistas sociais há muito debatem se a personalidade é estável – isto é, não muda com o tempo – ou maleável. Pesquisas recentes indicam que a resposta pode ser ambos, mas estudos longitudinais cobrindo períodos muito longos e com as mesmas fontes de dados nos diversos pontos do tempo são raros.
Diante disso, a nova pesquisa apoia a ideia de que a personalidade é influenciada tanto pela genética quanto pelo ambiente. Segundo Damian, embora haja diferenças de gênero nos traços de personalidade, de modo geral homens e mulheres mudam a taxas similares ao longo do tempo.
Esta é a íntegra de uma notícia publicada na
edição de 18 de agosto de 2018 do jornal O Globo.
É impressionante a quantidade de novidades
antigas que cada vez mais nos são apresentadas! É impressionante a quantidade
de estudos e de pesquisas que nos são apresentados como descobridores de coisas
que indivíduos - que conscientemente observem o que acontece ao seu redor - já haviam
percebido com relativa facilidade.
A leitura do título da notícia que provocou esta postagem,
imediatamente, me fez lembrar uma afirmação de Howard Hendricks (1924 - 2013) que, por considerá-la importante
demais, uso-a como ilustração no blog espalhandoideias.blogspot.com. Qual é a afirmação? "Daqui a cinco
anos você estará bem próximo de ser a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas
coisas: os livros que ler e as pessoas de quem se aproximar".
Ou seja, segundo Howard Hendricks, independentemente do período da
vida em que se esteja, os pensamentos,
sentimentos e comportamentos, ou seja, a personalidade de um modo geral,
(conforme é definida na notícia) - sofre
mudanças em função daquilo que se lê e das pessoas com quem se interage. Portanto,
no meu entender, a novidade trazida pela notícia já era do conhecimento de
Hendricks.
"Ainda assim, diz Damian, a pesquisa encontrou diferenças individuais nas mudanças ao longo do tempo, com algumas pessoas alterando suas personalidades mais que outras, e algumas mudanças se mostrando para pior ou danosas."
Eis mais uma novidade conhecida mostrada pelo recente
estudo. Afinal, embora, em sua maioria, a população deste planeta seja
constituída por indivíduos do tipo Maria
vai com as outras, é fato que sempre existiram, e, felizmente, creio que
sempre existirão diferenças individuais
nas mudanças ao longo do tempo. E, infelizmente, algumas mudanças para
pior. Mas as novidades conhecidas não
param por aqui e o parágrafo abaixo mostra mais uma.
"Os cientistas sociais há muito debatem se a personalidade é estável – isto é, não muda com o tempo – ou maleável. Pesquisas recentes indicam que a resposta pode ser ambos."
Pesquisas recentes e
conhecimentos antigos! Afinal, será que algum de vocês não conhece indivíduos
que se enquadrem nos dois seguintes tipos? Os que vivem essa coisa denominada
vida embalados pelo espírito de Gabriela ("Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre
assim.") e os que a vivem enxergando-a como uma oportunidade
evolutiva para tornarem-se cada vez melhores e assim contribuírem para que
algum dia a pretensa espécie inteligente do universo possa fazer jus a essa
expressão.
E já que "a
resposta ao debate travado pelos cientistas sociais é 'ambos'", que tal
empenharmo-nos em usar o tempo que nos foi dado para mudarmos (para melhor) nossa
personalidade e nos tornarmos indivíduos cada vez melhores? Por que lhes faço
tal exortação? Porque, como digo em meu perfil no blog, "sou alguém que
acredita que a qualidade de uma sociedade é resultado das ações de todos os
seus componentes".
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