sábado, 25 de julho de 2020

Jeff Bezos, da Amazon, fica US$ 13 bi mais rico num único dia

Fundador da gigante do comércio eletrônico agora vale mais que empresas como Exxon, McDonald's e Nike
SEATTLE E NOVA YORK – Jeff Bezos, fundador e diretor executivo da Amazon, adicionou US$ 13 bilhões ao seu patrimônio líquido na segunda-feira, o maior salto em um dia para um indivíduo desde que o Índice de Bilionários da Bloomberg foi criado em 2012. As ações da Amazon.com subiram 7,9%, a maior alta desde dezembro de 2018, com o otimismo crescente sobre as tendências de compras na web, e agora acumulam aumento de 73% este ano até agora.
Bezos, de 56 anos, é a pessoa mais rica do mundo, e viu sua fortuna aumentar em 2020 de US$ 74 bilhões para US$ 189,3 bilhões, apesar de os EUA estarem em sua pior crise econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930. Agora, ele pessoalmente vale mais do que gigantes como Exxon Mobil, Nike e McDonald's.
Ex-mulher também fica mais rica
MacKenzie Bezos, sua ex-mulher, ganhou US$ 4,6 bilhões na segunda-feira e agora é a 13ª pessoa mais rica do mundo.
Outros titãs da tecnologia também estão desfrutando de uma onda impulsionada em parte pelo fato de que as pessoas foram forçadas a ficar em casa devido à Covid-19, e foram ajudadas pelo impulso dado aos mercados por esforços sem precedentes de estímulo por parte de governos e banqueiros centrais.
Sobre rodas: Amazon compra start-up de veículos de olho em táxis autônomos.
Sete das dez pessoas mais ricas do planeta devem sua riqueza ao setor, incluindo Elon Musk, cuja fortuna subiu US$ 47 bilhões até agora em 2020.
O diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, adicionou quase US $ 15 bilhões ao seu patrimônio líquido até agora este ano, mesmo em meio ao boicote de grandes anunciantes na rede social devido às falhas em coibir posts de ódio e desinformação.
Esta é a íntegra de uma reportagem publicada em 21 de julho de 2020 no endereço https://oglobo.globo.com/economia/jeff-bezos-da-amazon-fica-us-13-bi-mais-rico-num-unico-dia-1-24542943
E ao ler uma notícia em que são destacados os bilhões de dólares acrescentados a fortuna do homem mais rico do mundo num único dia, o velho método das recordações sucessivas faz-me lembrar outra notícia em que bilhões são citados. Publicada em 22 de janeiro de 2019 no jornal O Globo seu título é reproduzido no próximo parágrafo.
"Os 26 mais ricos do mundo concentram a mesma riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres."
Notícia que eu intitularia assim: "Riqueza dos 26 mais ricos do mundo é igual ao somatório da pobreza dos 3,8 bilhões mais pobres". Vocês concordam que falar em riqueza dos mais pobres é algo que faz nenhum sentido?
Bilhões! Vocês percebem a diferença no que mede a palavra bilhões dependendo do tipo de indivíduos a que a ela esteja associada? Quando associada a bilionários, bilhões medem quantias (dinheiro); quando associada a pobres, bilhões medem quantidades (de pobres).
Considerando que em 2018 a população da Terra atingira 7,594 bilhões e que a notícia cujo título é reproduzido três parágrafos acima foi publicada em janeiro de 2019, a conclusão a que facilmente se chega é que os 26 mais ricos do mundo concentram a mesma riqueza (sic) da metade dos habitantes do planeta. Que mundo é este? Chocante, não?!
Considerando que a intenção deste blog é "Estimular as pessoas a opinarem sobre notícias que deveriam mexer conosco: as que podem contribuir para a melhoria da sociedade e as que podem contribuir para a 'pioria'. É preciso propagar as do primeiro tipo e desmascarar as do segundo.", após 2 meses e 19 dias sem selecionar alguma notícia, ao ler uma notícia em que é dito que alguém "fica US$ 13 bi mais rico num único dia", não consegui deixar de ficar mexido por ela.
Em tempos em que muito se fala sobre como será o mundo após a pandemia, ler a notícia que motivou esta postagem sabendo que, para a imensa maioria de quem a lê, ela soa como algo natural, para quem ainda almeja um mundo melhor, é algo, profundamente, desalentador.

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