quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Shoppings de SP espremem vagas e ignoram lei municipal

"Após a prefeitura ameaçar o fechamento de vários shoppings de São Paulo por falta de vagas nos estacionamentos, alguns locais repintaram as faixas ou deram um jeito para ampliar o número delas.
Com isso, ignoram o código de obras e edificações da prefeitura, que estipula um mínimo de 2,00m de largura por 4,20m de comprimento. Todos os shoppings visitados pela Folha abrigam vagas menores do que os exigidos.
No Cidade Jardim são visíveis as faixas das antigas vagas, que tinham 2,40m de largura e hoje chegam a ter 1,88m. 'Para manobrar ou fazer contornos grandes, ficou muito difícil', diz Roberta Ribeiro, 36, dona de um sedã com 1,77m de largura.
No Pátio Higienópolis, foram criados espaços duplos. Quem chega depois precisa deixar as chaves com manobristas. No Eldorado, foram criadas vagas nos corredores com 1,90m.
O Cidade Jardim informou que está sendo revitalizado. O Eldorado vai apurar erros na pintura. O Pátio Higienópolis não quis comentar."
Esta é a íntegra de uma reportagem de Thiago Azanha, publicada na edição de 17 de setembro de 2012 do jornal Folha de S.Paulo.
Em 1º de julho deste ano, em uma postagem intitulada Um dia com alguma dignidade, divulguei neste e no meu outro blog (Espalhando ideias) uma convocação (que a minha esposa viu no Facebook) para um protesto intitulado Um dia sem shopping!, marcado para o dia 7 de julho. Era um protesto pelos preços cobrados pelo estacionamento. Pelo que não vi no noticiário do dia 8 de julho, deduzi que a adesão ao protesto não foi significativa. É realmente lamentável a apatia deste povo (que segundo seu hino nacional não foge a luta) diante de coisas que o prejudiquem. Um povo que por não se dar ao respeito fica sujeito a atitudes como essa dos shoppings de São Paulo.
Enquanto os preços cobrados pelo estacionamento são cada vez maiores, as vagas são cada vez menores. Compram-se carros cada vez maiores para estacioná-los em vagas cada vez mais espremidas. Quanta falta de noção! Shoppings ignoram lei municipal; consumidores ignoram a necessidade de lutar em prol de si mesmos. Quanta ignorância!

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