Bilionário se irrita com críticas sobre queda nas ações e diz que, se seus projetos não ficarem em pé, é o país que vai sofrer"O empresário Eike Batista diz que o governo deveria investir mais em suas empresas, já que, acredita, graças a elas o país terá, em alguns anos, melhores condições de infraestrutura. Cita como exemplos o Porto do Açu, complexo portuário em construção no norte do Rio, e as termelétricas no Nordeste, que o grupo pretende pôr em ação até janeiro.'Alguém vai ter que fazer uma estátua minha em algum lugar', diz o bilionário, que recebeu a Folha em seu escritório, no centro do Rio, com vista para a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar. Ao longo de duas horas, demonstrou irritação com aqueles que só falam na queda do valor das ações do grupo e disse que é alvo de inveja dos que querem sempre uma 'ajudinha' do Estado. 'É igual balaio de caranguejo. Quando um sobe, os outros puxam para baixo.'O bilionário diz que em uma conversa com Graça Foster, presidente da Petrobras, comprometeu-se a não mais 'roubar' técnicos da estatal.O grupo EBX, de Eike Batista, contou desde o início de sua fase de expansão acelerada, com o apoio do BNDES tanto pela via de participação no capital das empresas quanto pelo financiamento a projetos.Desde 2009, o banco estatal emprestou R$ 8,1 bilhões às companhias do grupo e investiu nas empresas - tem participação acionária em cinco delas: MPX (energia), CCX (carvão), MMX (mineração), OGX (petróleo) e SIX (de semicondutores)."
Estes são alguns trechos de uma reportagem de
Cristina Grillo, Lucas Vettorazzo e Pedro Soares, publicada na edição de 21 de outubro de 2012 do jornal Folha de S.Paulo.
Que coisa, hein! Em outubro de 2012 o delirante empresário cujo sonho é tornar-se o homem mais rico do mundo usava a mídia para demonstrar irritação com aqueles que só falam na queda do valor das ações do grupo e dizer que é alvo de inveja dos que querem sempre uma 'ajudinha' do Estado. E menos de meio ano depois o que se vê na mídia são manchetes como Governo sai a campo para salvar Eike Batista. Realmente, não dá para discordar de Joseph Klimber: a vida é uma caixinha de surpresas!
Sim, alguém vai ter que fazer uma estátua dele em algum lugar. Afinal, criar um grupo de empresas, contando desde o início de sua fase de expansão
acelerada, com o apoio do BNDES tanto pela via de participação no
capital das empresas quanto pelo financiamento e "roubando" técnicos da estatal petrolífera (formá-los é algo que não convém a empresários)
não
é para qualquer um, pois é preciso ter muita cara de pau, embora, no meu entender, a expressão facial do referido empresário assemelhe-se a de uma estátua de cera. Portanto, embora eu
não tenha a mínima ideia de quem esculpirá a estátua (talvez seja esse o X da
questão), arrisco-me a dizer que sei quais serão os materiais usados em duas de
suas partes: a cara será de pau e os pés serão de barro.
Ou
seja, diante do fato de o pretensioso empresário julgar-se a
reencarnação do rei Midas (transformava em ouro tudo o que tocava), colocar em um de seus filhos o nome de um
deus (Thor), considerar-se merecedor de uma estátua pelo que representa para o
reino, digo, para o país, e da situação difícil em que se encontra o seu grupo
de empresas, creio que Eike Batista esteja mais para
Nabucodonosor do que para Midas. Para ajudá-lo a salvar suas empresas já surgiu a Petrobras. Agora, o que
falta a Nabucodonosor, digo, a Eike, é encontrar o Daniel certo. Aquele que seja capaz de explicar-lhe o sonho que o deixou perturbado.
A ideia fixa de tornar-se o homem mais rico do mundo é realmente perturbadora e leva o perturbado a considerar-se merecedor de uma estátua. Será que a ajuda dada pela Petrobras incluirá a escultura de tal estátua? Eu espero que não; e vocês?
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