quarta-feira, 29 de maio de 2013

Clientes esperam lançamentos para economizar até 41% em celular antigo

Com chegada de nova geração de smartphone, preço da anterior cai
"Desde que o Galaxy S4 foi revelado ao mundo, há dois meses, muitos brasileiros contam os dias para seu lançamento no país, marcado para terça-feira. A maior parte está ansiosa para desfrutar de suas inovações, mas uma parcela dos consumidores reserva 'segundas intenções': quer vê-lo logo nas vitrines na esperança de que o antecessor fique mais em conta. São uma tribo oposta à dos 'early adopters': marcam a data da chegada do novo iPhone, iPad ou Galaxy na agenda não para serem os primeiros a pôr as mãos nas novidades, mas, sim, para pagar menos por um bom aparelho.
Esse consumidor costuma ser antenado em tecnologia, mas ainda considera muito elevado o preço cobrado pelos smartphones top de linha no lançamento. O Galaxy S3, na versão 3G, custa R$ 1,9 mil, 24% menos do que o S4, na versão 4G. O iPhone 4S, com o desconto dado pela Apple, sai por R$ 1.529 (16GB), 41% menos que o iPhone 5, que custa R$ 2.599 no varejo.
(...) O Galaxy S2, que começou a ser vendido em maio de 2011, custa hoje R$ 1.179.
As operadoras identificam o comportamento entre seus clientes. Tanto que as lojas seguem mantendo com destaque modelos antigos em suas vitrines, como o Galaxy S2. O iPhone 3GS, lançado em 2009, só saiu do mercado há alguns meses.
Optar por uma linha antiga tem sido mais comum à medida que reformulações robustas no design dos aparelhos são cada vez mais raras, avaliou Felipe Wasserman, professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM-SP.
Queda de preço pode demorar
Nos EUA, a Apple reduz em US$ 100 o preço da geração anterior a cada iPhone que lança. No Brasil, o barateamento não costuma ser automático. Embora o iPhone 5 tenha chegado ao Brasil em dezembro, por R$ 2.599, apenas este mês a companhia reduziu o preço dos antecessores em sua loja virtual no país - o 4S está saindo agora por R$ 1.529.
Na Samsung, a redução de preços não é política da companhia. O que é determinante para o preço das gerações passadas é a demanda por elas e sua comparação com os concorrentes, informou Michel Piestun, vice-presidente de Telecomunicações da representação brasileira da sul-coreana.
- Não existe algo como uma obsolescência programada no preço. Para determiná-lo, fazemos uma análise que leva em conta tanto os novos smartphones da linha quanto a concorrência. No caso do S3, avaliamos que ele continua capaz de concorrer com os rivais e, portanto não está prevista queda no seu preço - disse."
Estes são alguns trechos da reportagem de Rennan Setti, publicada na edição de 27 de abril de 2013 do jornal O Globo.
Nos EUA, a Apple reduz em US$ 100 o preço da geração anterior a cada iPhone que lança. No Brasil, o barateamento não costuma ser automático.
Na Samsung, a redução de preços não é política da companhia. O que é determinante para o preço das gerações passadas é a demanda por elas e sua comparação com os concorrentes, informou Michel Piestun, vice-presidente de Telecomunicações da representação brasileira da sul-coreana.
Não, não é apenas para as gerações passadas de smartphones que a demanda é determinante para a definição do preço, pelo menos neste País. Em 29 de junho de 2011, foi publicada no Yahoo uma reportagem com o seguinte título: Lucro Brasil faz consumidor pagar o carro mais caro do mundo. E o destaque, apresentado logo abaixo do título, é o seguinte: "Por que baixar o preço se o consumidor paga?", pergunta um executivo de montadora. É assim que é conhecido, e tratado, o consumidor brasileiro.
Quem não encontrar a reportagem no Yahoo, e quiser ler algo sobre ela, acesse a postagem homônima publicada em 1 de julho de 2011 neste blog.
Mas a reportagem de Rennan Setti é animadora: ainda há quem (apesar de ser antenado em tecnologia) consegue resistir a pagar qualquer preço para adquirir toda e qualquer novidade que lhe seja oferecida. Até porque, muitas vezes as novidades não são significativas. Reformulações robustas no design dos aparelhos são cada vez mais raras, avaliou Felipe Wasserman, professor do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM-SP.

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