"Uma menina canadense de nove anos chamada Hannah Robertson chamou a atenção, no encontro anual de investidores da McDonald's nos EUA, perguntando ao presidente da empresa por que ele "insistia em enganar as crianças com brinquedos e personagens de desenhos animados para que elas comam a sua comida todo o tempo".Lendo um texto escrito pela sua mãe, Hannah disse: "Eu não acho justo que as grandes companhias induzam as crianças. Não é justo que tantas crianças da minha idade tenham doenças como obesidade e diabetes. Dan Thompson, o senhor não quer que as crianças sejam saudáveis?"Ainda segundo a menina, as crianças são iludidas para pensar que comer no McDonald's é uma coisa boa "só porque os sanduíches podem ser gostosos"."Eu e minha mãe fazemos vídeos na internet mostrando para as crianças que cozinhar comidas saudáveis pode ser divertido. Esses alimentos fazem as crianças serem mais espertas e felizes, porque essa é a verdade."Kia Robertson, 36, a mãe, que levou Hannah até Chicago na semana passada para o evento, tem um blog sobre alimentação saudável e participa de um grupo chamado Corporate Accountability International, que busca fazer as grandes empresas prestarem contas - ou, nas suas palavras, lutar contra o "abuso corporativo" e contra a "publicidade predatória".O McDonald's é um alvo tradicional do grupo, que já promoveu campanhas contra a existência do palhaço Ronald McDonald e contra a inclusão de brinquedos no Mc Lanche Feliz. O grupo realizou ainda uma campanha chamada "As mamães não amam muito tudo isso".O executivo Dan Thompson respondeu que a rede se esforça para vender produtos saudáveis e lembrou que os consumidores podem escolher frutas e vegetais que custam apenas US$ 1.Ele citou os seus filhos, que são clientes da rede e gostam de comida saudável e de exercícios físicos, para mostrar que o objetivo da empresa não é engordar as crianças. "Não é certo dizer que vendemos junk food", disse o presidente da empresa."
Esta é a íntegra de uma notícia publicada na edição de 29 de maio de 2013 da Folha de S.Paulo.
Reparem que a notícia é de 2013. Por que só
agora estou divulgando-a neste blog? Porque embora não a tenha divulgado
naquela época, vi surgir agora uma oportunidade para fazê-lo. Respondendo a um
convite para um encontro dos formandos em engenharia eletrônica da UFRJ em
1974, um dos ex-colegas solicitou o adiamento do encontro, pois na data
sugerida ele tinha o compromisso de
participar da campanha McDia Feliz, cuja receita com a venda do Big Mac é
revertida para a instituição onde ele presta trabalho voluntário – a Casa
Ronald McDonald. Quando será o McDia
Feliz? Hoje, 30 de agosto. Sendo assim, resolvi aproveitar este dia para divulgar
aquela notícia, pois ao contrário da comida do McDonald’s, cuja data de
validade expira no dia em que foi entregue ao consumidor, a notícia acima ainda
hoje permanece válida.
Segundo o presidente da empresa, os
consumidores podem escolher frutas e vegetais que custam apenas US$ 1. Segundo
a resposta do meu ex-colega de universidade e participante do McDia Feliz, o que é revertido para a Casa Ronald McDonald é a receita com a
venda do Big Mac. Ou seja, embora segundo o presidente da empresa, exista a
possibilidade de o cliente optar com uma comida saudável, o que vende mesmo é o
Big Mac. Será que isso tem alguma
coisa a ver com a tal da "publicidade predatória" citada na notícia?
Kia Robertson, a mãe da menina que protagoniza
a notícia, participa de um grupo que
busca fazer as grandes empresas prestarem contas - ou, nas suas palavras, lutar
contra o "abuso corporativo" e contra a "publicidade
predatória". Grupo do o
McDonald's é um alvo tradicional. Grupo que, desde a data de publicação da
notícia acima (maio do ano passado), imagino tenha tomado conhecimento de
algumas notícias desabonadoras envolvendo o McDonald’s. Notícias como uma publicada
na edição de 23.07.2014 do Estado de S.
Paulo. Notícia assinada pela Reuters / Xangai e cujo título é McDonald’s e Burger King recolhem carne
vencida na China.
Ainda segundo a notícia acima, no encontro anual de investidores da
McDonald's nos EUA, o executivo Dan Thompson (presidente da empresa), respondeu
que a rede se esforça para vender produtos saudáveis. Esforços que notícias
como a citada no parágrafo acima sugerem que não estejam surtindo o efeito
desejado.
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