segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Kerry diz que 'barbárie' de extremistas islâmicos não intimida

Secretário de Estado pede que aliados intensifiquem ataques contra jihadistas. Estado Islâmico decapitou americano feito refém na Síria.
O mundo não se deixará intimidar pela "barbárie" do grupo Estado Islâmico (EI), que no último domingo divulgou um novo vídeo em que diz que assassinou o americano Peter Kassig, afirmou nesta segunda-feira (17) o secretário de Estado John Kerry. O vídeo de 15 minutos mostra a cabeça decepada do americano Peter Kassig, feito refém na Síria, além de exibir a decapitação "ao vivo" de 18 soldados sírios. Os EUA confirmaram a autenticidade da gravação.
Durante um discurso de trinta minutos em Washington, Kerry pediu aos aliados dos Estados Unidos que intensifiquem a luta contra os jihadistas, que controlam grande parte dos territórios iraquiano e sírio. Os extremistas são bombardeados diariamente pelos americanos e seus aliados.
"Este conflito é uma batalha entre a civilização e a barbárie", disse o chefe da diplomacia dos EUA. "Se não conseguirmos derrotar o grupo Estado Islâmico, o futuro do Oriente Médio não será viável". Kerry também defendeu os constantes ataques aéreos contra posições e bases do EI no Iraque e na Síria.
"Que fique bem claro: nós não estamos intimidados, vocês não estão intimidados, nossos amigos e aliados não estão intimidados", acrescentou Kerry, um dia depois da transmissão de um vídeo que mostra um grupo de jihadistas decapitando o refém americano Peter Kassing e 18 soldados sírios.
"Se não conseguirmos neutralizar esta rede, ela poderá se tornar um ponto de encontro para os alienados de cada continente, além de estimular outros grupos a cometer atos estúpidos e suicidas contra outros países", destacou.
"Os Estados Unidos não procuram inimigos no Oriente Médio. Mas pode acontecer, como hoje, que nossos inimigos venham nos buscar", concluiu.
Esta é a íntegra de uma notícia publicada pela globo.com (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/11/kerry-diz-que-barbarie-de-extremistas-islamicos-nao-intimida.html 
) em 17 de novembro de 2014.
Parece-me óbvio que ninguém deve ser a favor da "barbárie" do grupo Estado Islâmico (EI), mas daí a pensar em aplaudir as lamentáveis declarações do secretário de Estado John Kerry vai uma distância incomensurável.
"Que fique bem claro: nós não estamos intimidados, vocês não estão intimidados, nossos amigos e aliados não estão intimidados", declarou Kerry. Não, não estamos intimidados porque não somos nós que vamos até lá para colocar nossa cabeça a prêmio, não é mesmo cara pálida? Quando são outros os que colocam a vida a prêmio por nós é muito fácil demonstrar valentia.
"Os Estados Unidos não procuram inimigos no Oriente Médio. Mas pode acontecer, como hoje, que nossos inimigos venham nos buscar", concluiu, Kerry.
Que cara de pau, hein! Secretário de Estado de um país que jamais foi invadido militarmente, que é useiro e vezeiro em intervenções militares em inúmeros países, esse indivíduo tem o desplante de vir a público dizer uma barbaridade como essa, julgando que o mundo é composto apenas por idiotas, o que felizmente não é verdade, conforme pode ser exemplificado por alguns fatos abaixo relacionados.
"Os EUA já foram uma nação de consertadores, de inventores, de soldadores de fundo de quintal. Todo mundo sonhava em construir uma bicicleta melhor. Agora nossa única grande indústria é a guerra."
As palavras acima são apresentadas em uma entrevista do escritor americano Nicholson Baker, publicada na edição de 19-20.09.2004 do Jornal do Commercio.
Em fevereiro de 2007, o jornalista americano Jeremy Scahill, publicou um livro intitulado "Blackwater – A ascensão do exército mercenário mais poderoso do mundo". Segundo Elio Gaspari, em sua coluna publicada na edição de 15.6.2008 no jornal O Globo, "o livro é um retrato da maquinação de empreiteiras que estão privatizando as Forças Armadas e um pedaço da política externa dos Estados Unidos. É uma novidade que deixa para trás o famoso 'complexo militar industrial' denunciado pelo presidente Eisenhower em 1961".
"'A sociedade americana tem obsessão pela violência, e a maneira como reprimimos isso forma instintos terríveis', diz à Folha o ator Ezra Miller, 19, protagonista do filme 'Precisamos Falar sobre o Kevin', por telefone, com uma voz calma de quem estuda cada palavra.", em uma reportagem publicada na edição de 29.01.2012 do jornal Folha de S.Paulo.
Será que os Estados Unidos ao qual Kerry se refere é o mesmo país enxergado pelos escritores Nicholson Baker e Jeremy Scahill e pelo ator Ezra Miller, todos norte-americanos? O que vocês acham? Com qual (is) deles vocês concordam?

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