Salário e falta de desenvolvimento são razões, mostra pesquisa; mudança dentro da própria empresa pode ser mais fácilTrês em cada quatro brasileiros querem trocar de emprego neste ano, segundo pesquisa da empresa recrutadora Hays. Entre as principais razões citadas para a mudança estão a falta de desenvolvimento profissional e a busca por uma remuneração maior. O levantamento nacional ouviu 3.600 funcionários de 400 empresas, entre julho e novembro de 2015.
(...) Trocar de emprego só considerando remuneração não é aconselhável, segundo a professora Laura Castelhano, da Business School São Paulo. Ela diz que é preciso avaliar as chances de ascender profissionalmente a longo prazo. "O funcionário precisa ter certeza de que consegue fazer bem o trabalho para o qual se candidatou, e isso só vem de uma análise honesta a respeito do que ele sabe e do que não sabe fazer."
Estes são alguns trechos de uma reportagem de Anna
Rangel publicada na edição de 4 de setembro de 2016 do jornal Folha S.Paulo.
"Três em cada quatro brasileiros querem trocar de emprego neste ano, segundo pesquisa da empresa recrutadora Hays. Entre as principais razões citadas para a mudança estão a falta de desenvolvimento profissional e a busca por uma remuneração maior. O levantamento nacional ouviu 3.600 funcionários de 400 empresas, entre julho e novembro de 2015.", diz a repórter Anna Rangel.
Será que para fazer tal descoberta era
necessário entrevistar tanta gente? Creio que não. Será que indivíduos dotados de
capacidade de perceber o que ocorre ao seu redor (um número pequeno, é verdade)
há muito tempo já perceberam que, em uma civilização (sic) que fomenta o
desemprego e que segue rigorosamente a lei da oferta e da procura, aqueles que ainda
estejam empregados ganham cada vez menos. E que ganhando cada vez menos, consequentemente,
procurarão sempre, na maioria das vezes sem êxito, buscar onde ganhar mais?
Creio que sim.
Trocar de emprego só considerando remuneração não é aconselhável, segundo a professora Laura Castelhano, da Business School São Paulo. Ela diz que é preciso avaliar as chances de ascender profissionalmente a longo prazo. "O funcionário precisa ter certeza de que consegue fazer bem o trabalho para o qual se candidatou, e isso só vem de uma análise honesta a respeito do que ele sabe e do que não sabe fazer."
Sim, "Trocar de emprego só considerando
remuneração não é aconselhável", e ao que é dito por Laura Castelhano acrescento
o seguinte: nesta civilização (sic) assolada pelo trabalho sem sentido, a
maioria, mesmo que inconscientemente, está insatisfeita com aquilo que faz para
ganhar dinheiro? Sendo assim, além da busca de uma remuneração maior, creio que
uma enorme quantidade de profissionais prosseguirá pela vida buscando algum
trabalho que faça sentido. Algum trabalho que possa colaborar para transformar
em algo melhor o mundo em que sobrevivemos. Algum trabalho que lhe dê prazer
por tê-lo feito.
Senão, o que lhe restará será viver uma vida
na qual, em termos de trabalho, ocorrerá o que é dito em um e-mail que enviei
para a minha lista de destinatários, quatro dias antes de ler a reportagem que
provocou esta postagem. Intitulado O prazer nos tempos
do trabalho sem sentido, reproduzo-o
a seguir, por considerá-lo em conformidade com o que é dito nesta postagem.
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Amigos,
"... a vida é de fato escuridão, exceto lá onde houver impulso;e todo impulso é cego, exceto onde houver sabedoria;e toda sabedoria é vã, exceto onde há trabalho;e todo trabalho é vazio, exceto onde há amor;e quando você trabalha com amor, você se liga com você mesmo, com o outro, e
com Deus.(1)"(1) Cabe ao leitor defini-lo.
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Tendo sabedoria para
interpretar o que é a vida, Gibran Khalil Gibran escreveu as palavras acima.
Tendo o dom de escrever romances, Gabriel García Márquez escreveu O Amor nos
Tempos do Cólera. Não tendo tal sabedoria nem tal dom, o máximo que
consegui foi lhes enviar este e-mail contendo uma imagem ilustrativa do que
seja O Prazer nos Tempos do Trabalho Sem Sentido.
Abraços,
Guedes
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