Acostumado a enfrentar protestos por onde passa, o presidente dos EUA, Donald Trump, mostrou-se envaidecido ontem com e recepção que o colega indiano Narenda Modi preparou para a visita de 36 horas do americano ao aliado asiático. Trump fez seu maior comício no exterior na inauguração de um estádio de críquete para 110 mil espectadores, atraídos também por músicos locais. Hoje, selará um acordo para a venda de mais de US$ 3 bilhões em armas à Índia."Nós fabricamos as melhores armas de todos os tempos. Aviões, Mísseis, Foguetes. Navios. Nós fazemos as melhores e estamos negociando com a Índia agora. Isso inclui sistemas avançados de defesa aérea e veículos aéreos armados e desarmados", disse Trump num discurso de 27 minutos, ao lado de Modi, primeiro-ministro da Índia.Na semana passada, a Índia fez um pedido de US$ 2,6 bilhões para a Lockheed Martin Corp., encomenda que incluía 24 helicópteros marítimos multifuncionais MH-6oR Seahawk. O Departamento de Estado aprovou ainda uma venda para a Índia de mais de US$ 1 bilhão em armas, incluindo radares e mísseis de defesa aérea, rifles e outros equipamentos.A recepção de ontem, batizada de "Namastê Trump", foi a retribuição de Modi a um evento similar, organizado em setembro em Houston, chamado de "Como vai, Modi?". Em seu discurso, Trump reiterou promessa de que os EUA fariam um acordo comercial significativo com a Índia, mas não deu detalhes.
Estes são
alguns trechos de uma notícia publicada na edição de 25 de fevereiro de 2020 do
jornal O Estado de S. Paulo. Notícia encerrada com as seguintes
referências: NYT, W. POST, REUTERS e EFE.
"Os EUA já foram uma nação de consertadores, de inventores, de soldadores de fundo de quintal. Todo mundo sonhava em construir uma bicicleta melhor. Agora nossa única grande indústria é a guerra.", disse o escritor americano Nicholson Baker em uma reportagem-entrevista publicada na edição de 19-20 de setembro de 2004 do Jornal do Commercio.
"Nós fabricamos as melhores
armas de todos os tempos.", disse o presidente americano Donald Trump, em
recente discurso, lamentavelmente, validando as palavras do escritor americano.
E após lembrar as palavras de Nicholson
Baker fazendo alusão à importância da guerra para a indústria americana, o
método das recordações sucessivas leva-me a trazer para esta postagem algo dito
pelo cineasta francês Luc Besson em uma reportagem de Elaine Guerini, intitulada Super-heróis contra o cinismo, publicada no suplemento do jornal Valor na edição de 11 de agosto de 2017.
"A pior coisa que fizemos foi colocar o dinheiro e o lucro em primeiro lugar, deixando as pessoas em segundo. É só recordarmos a falsa alegação de que o Iraque tinha armas de destruição em massa, o que levou à guerra. Ninguém estava preocupado em salvar pessoas, e sim dinheiro.".
Nossa! O método das recordações
sucessivas está "bombando", hein! A alusão feita por Luc Besson ao
lugar em que colocamos o dinheiro e o lucro "obriga-me" a trazer
para esta postagem algo dito por Nuccio Ordine, professor de literatura
italiana da Universidade da Calábria, em um artigo intitulado Democracia líquida, publicado na edição
de 16.02.2014 do jornal O Estado de S. Paulo:
"Reduzir o valor da vida ao dinheiro mata toda possibilidade de idealizar um mundo melhor."
"Acostumado
a enfrentar protestos por onde passa, o presidente dos EUA, Donald Trump,
mostrou-se envaidecido ontem com e recepção que o colega indiano Narenda Modi
preparou para a visita de 36 horas do americano ao aliado asiático. (...) Batizada de 'Namastê
Trump', a recepção de ontem foi a retribuição de Modi a um evento
similar, organizado em setembro em Houston, chamado de 'Como vai, Modi?'",
diz a notícia.
Conhecendo
o significado de namastê, e instigado por seu uso no batismo de tal recepção,
fui a https://www.significadosbr.com.br/
e de lá trouxe as seguintes palavras:
"No seu significado mais amplo, namastê tem o significado de 'o Deus que habita no meu coração saúda o Deus que habita no seu coração' (...) muito além de um cumprimento entre as pessoas, para os indianos é a percepção máxima de que todos os seres humanos compartilham da mesma essência, utilizam da mesma energia para se manifestar como seres vivos, convivem no mesmo universo, o que faz que todos sejam iguais perante a divindade, trazendo, desta forma, a força pacificadora mais intensa, para que as pessoas saibam como devem se respeitar.".
"(...) trazendo, desta forma, a força
pacificadora mais intensa, para que as pessoas saibam como devem se respeitar.".
Diante dessas palavras, será que faz sentido usar a palavra namastê para
batizar uma recepção para celebrar uma bilionária venda de armas? Ou será que
tal recepção deve ser interpretada como mais uma oportunidade para recordar aquele
pedido feito por um mestre que por aqui passou há quase dois mil anos: "Pai,
perdoai-os ... eles não sabem o que fazem". O que vocês acham?
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