Grace, a robô-enfermeira que usa inteligência artificial para monitorar pacientes com idade avançada, interagir e fazer companhia a eles, deve ter o primeiro pedido de regulamentação apresentado à Food and Drig Administration (FDA), nos Estados Unidos, entre o fim do ano e o início de 2024, disse ao Valor Ben Goertzel, fundador e diretor-presidente da Singularity-NET, criadora da robô que está sendo testada em hospitais do Canadá e da Coreia do Sul."Estamos fazendo pesquisas sobre como a companhia pode elevar a qualidade de saúde de pessoas com idade avançada, que vivem sozinhas. É uma ótima notícia para seguradoras de saúde", disse Goertzel em entrevista ao Valor, após ter feito uma demonstração da Grace durante o Web Summit Rio, nesta quinta-feira, último dia do evento sobre inovação."Quando introduzi o termo AGI, em 2015, era algo obscuro", comentou Goertzel na apresentação. "Podemos estar há cinco ou seis anos de alcançar uma inteligência artificial mais 'humana'", projetou."O cientista ressalta que o objetivo da Grace não é substituir o contato humano com pacientes, mas diminuir as funções burocráticas dos profissionais humanos em tarefas como preenchimentos de prontuários médicos."O maior propósito não é substituir o contato humano, que sempre será importante, mas hoje vemos muitos profissionais da saúde preenchendo mais dados sobre os pacientes nos notebooks do que em contato humano com eles", ponderou o fundador da Singularity-NET, uma espécie de marketplace (shopping center) de inteligência artificial, baseado em tecnologia blockchain.
"Estamos fazendo pesquisas sobre como a companhia pode elevar a qualidade de saúde de pessoas com idade avançada, que vivem sozinhas. 'É uma ótima notícia para seguradoras de saúde', disse Goertzel em entrevista ao Valor".
"Os hospitais estão quase quebrando porque eles perderam no seu movimento normal as cirurgias eletivas, aquelas que não são emergenciais, os acidentes de trânsito caíram muito, também eram um motivo de faturamento dos hospitais e a covid não está ocupando na maioria do país os leitos. Então, nós estamos ainda quebrando todo o nosso sistema hospitalar financeiramente porque eles não podem fazer o seu trabalho normal e também não tem clientes covid em todo o país pra ocupar os leitos."
"O maior propósito não é substituir o contato humano, que sempre será importante, mas hoje vemos muitos profissionais da saúde preenchendo mais dados sobre os pacientes nos notebooks do que em contato humano com eles", ponderou o fundador da Singularity-NET, uma espécie de marketplace (shopping center) de inteligência artificial, baseado em tecnologia blockchain.
Sim, como ponderou o fundador da Singularity-NET, o contato humano sempre será importante. E diante de tais ponderações fica, prá mim, difícil entender o que pretende o criador da robô-enfermeira. Até porque, no que se refere a contato humano, considero o papel das enfermeiras até mais importante que o dos próprios médicos. Consideração validada durante minha estada em um leito em um leito de UTI para receber tratamento para COVID. Não consigo enxergar robôs-enfermeiras fazendo o trabalho daquelas enfermeiras tão bem quanto elas. A postagem publicada no blog Espalhando ideias em 04 de outubro de 2021 é intitulada "Lição oferecida pela estada em um leito de UTI".
"Estamos fazendo pesquisas sobre como a companhia pode elevar a qualidade de saúde de pessoas com idade avançada, que vivem sozinhas.", diz Ben Goertzel, fundador e diretor-presidente da Singularity-NET, criadora da robô-enfermeira.
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana."
"Elevar a qualidade de saúde de pessoas com idade avançada, que vivem sozinhas." oferecendo-lhe uma robô-enfermeira, eis a pretensão dos criadores da robô-enfermeira. Pretensão que leva-me a fazer as seguintes indagações. Será que pessoas nas condições citadas foram ouvidas pelos pesquisadores? Será que uma robô-enfermeira as tirará da condição de sozinhas? Será que elas saberão usar a robô? Será que elas prefeririam que lhes oferecessem uma companhia humana?
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